sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

APÓS COBRANÇA DOS BANCÁRIOS, LICENÇA-PATERNIDADE DE 20 DIAS ESTÁ VALENDO NOS BANCOS

Conquista da Campanha Nacional 2016, a licença-paternidade de 20 dias está prevista na cláusula 26 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Mesmo atrelada à renovação do Programa Empresa Cidadã, pelo governo federal, os sindicatos de bancários de todo o país vinham recebendo denúncias de que os bancos não estavam respeitando esse direito. Após pressão do Comando Nacional dos Bancários, para que os bancos resolvessem o problema, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) comunicou oficialmente à Contraf-CUT, nesta sexta-feira (27), que a licença está em vigor e que a instituições financeiras estão sendo comunicadas sobre o assunto.
É uma conquista muito importante para os pais e para as mães. É uma reivindicação antiga do nosso movimento sindical, para que os bancários possam ficam mais tempo com seu filho, logo após o nascimento. Assim que detectamos falhas no cumprimento do que está previsto na nossa CCT, cobramos dos bancos para que resolvessem o problema. Agora está em vigor, de fato.

A licença-paternidade passou de cinco para vinte dias. Mas, para ter direito ao período ampliado, a empresa precisa estar vinculada ao Programa Empresa Cidadã, do governo federal. O item 13 da página 91 da Lei Orçamentária do país para 2017 prevê “dedução do imposto devido do total da remuneração integral paga a empregados”, durante a licença.
A  DIRETORIA

Direção da Caixa dá golpe nos empregados

Instituição impõe aumento no valor da mensalidade, no teto de pagamento e no percentual de coparticipação


A direção da Caixa desferiu mais um golpe contra os empregados. No final da tarde desta quinta 26 enviou comunicado no qual informa novos valores a serem cobrados dos assistidos pelo Saúde Caixa a partir de 1º de fevereiro.
De acordo com o documento, a mensalidade dos trabalhadores da ativa e aposentados aumenta de 2% para 3,46% da remuneração base; a coparticipação das despesas assistenciais sobe de 20% para 30% e o valor limite da coparticipação passa de R$ 2.400 para R$ 4.200. Nesse último caso, toda vez que o assistido ultrapassa esse gasto, o complemento é feito pela Caixa.
“A medida da Caixa é um desrespeito à cláusula 32ª do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que estabelece a manutenção dos percentuais de mensalidade, da coparticipação e do valor para o teto. A empresa jamais poderia ter tomado uma decisão como essa sem que fosse negociada com o movimento sindical e discutida no Conselho de Usuários”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE). Dionísio Reis. “Além de querer economizar com a redução do quadro de bancários, com descomissionamentos e fechamento de agências. O banco quer agora cortar custeio do Saúde Caixa. Um absurdo que não aceitamos e que será respondido com o aumento das manifestações pelos direitos dos trabalhadores e contra o desmonte do banco público.”
Superavit – A representante dos empregados no Conselho de Usuários Ivanilde Moreira, a Ivi, denuncia que essa medida em nenhum momento foi apresentada pelo banco aos representes dos assistidos.
Ela explica que em vez de querer penalizar os trabalhadores, a Caixa deveria discutir com seriedade a destinação do superávit. Segundo dados atuariais do próprio banco, o Saúde Caixa apresenta superávit acumulado de cerca de R$ 700 milhões em 2016 e que deve ter resultado novamente positivo em 2017.
Ivanilde explica que isso decorre do fato de as coparticipações e as mensalidades têm ultrapadado os 30% de custeio do plano que cabem aos trabalhadores. A Caixa arca com os outros 70%.
“ Vamos usar todos os meios para fazer com que a Caixa cumpra o acordo coletivo e respeite os empregados, inclusive recorrendo ao judiciário" acrescentou o coordenador da CEE.